Fala leitores! Saindo um pouco dos livros, decidi falar sobre uma série que comecei a assistir e achei bem interessante. Pose, de Ryan Murphy (o mesmo criador de Glee, American Horror Story e por aí vai...), a série traz diversos elementos da cultura LGBTQ no cenário de Nova York durante os anos 80 de forma bem inovadora  e profunda. Um dos pontos de desenvolvimento série são os bailes, isto é, desfiles organizados por gays, trans e drags que cada semana seguia um tema diferente.  Todos os concorrentes são avaliados e os melhores ganham prêmios (dinâmica semelhante ao que vemos no reality RuPaul’s Drag Race). E, a partir desse cenário, todos os personagens envolvidos nos bailes são explorados, e nisso Ryan Murphy não peca. 

Dentre os personagens, até o episódio em que eu assisti, três se destacam. A primeira personagem que mais me cativou com certeza foi a Blanca. Que logo no começo do primeiro episódio recebe a notícia  de que é portadora de HIV. Com isso, ela toma a filosofia de seguir seus sonhos e funda a sua própria casa (algo como seu próprio clã, na cultura LGBTQ o conceito de cada vêm de criar uma família), e é incrível o quanto essa personagem me emocionou pelo seu jeito mãe de ser durante esses três primeiros episódios, já estou encantado por ela. 

O segundo personagem que também ocupa grande parte da história é Damon, um adolescente que é expulso de casa quando seus pais descobrem que ele é gay. Desolado, o rapaz vai para Nova York, seguir seus sonhos de ser um dançarino. O personagem, por mais que seja interessante, já foi bem explorado em diversos filmes da mesma temática, entretanto, espero que Ryan dê um diferencial para esse papel. A última é com certeza a personagem que mais me intrigou, justamente por ser (provavelmente) a mais complexa. Angel é uma transexual que trabalha como prostituta, sua narrativa se desenvolve quando ela conhece um homem casado (Evan Peters, um bebê <3) que tem um interesse nela. Não detalharei mais sobre a história, deixando só essas informações pra instigar vocês a assistirem!

No geral, a série provoca reflexão sobre muitos temas, e também como o preconceito está enraizado não só nos heterossexuais, mas até mesmo dentro da sociedade gay. Conforme a própria mama Ru já disse, e eu cito “Eu fui evitado por brancos por ser negro, por negros por ser gay, e por gays por ser afeminado. A real indireta? O ego necessita ser levantado de alguma maneira". Pose tem um potencial de se tornar um importante exemplo de como discutir orientação sexual e identidade de gênero na mídia. Um outro potencial da série que vale a pena destacar: um incrível elenco formado por diversas atrizes negras transgêneros, representatividade importa sim!

REVIEW FEITA COM BASE NOS TRÊS PRIMEIROS EPISÓDIOS.


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